domingo, 4 de agosto de 2013

4ª Caminhada de Oxum em Camaragibe



 O Instituto Camará de Arte e Cultura, juntamente com o Movimento dos Povos de Terreiros de Camaragibe, realizaram no último sábado, 03 de agosto de 2013, a 4ª Caminhada de Oxum na Cidade de Camaragibe.
A concentração aconteceu no centro da cidade, na Rua Elisa Cabral, e contou com a participação dos povos de terreiros, seus sacerdotes e sacerdotisas, com o Secretário Executivo de Governo Anderson Neves, representando o Prefeito de Camaragibe, do Vereador Edvaldo Barbosa, do GT Racismo PMPE, da Brigada de Trânsito da Guarda Municipal de Camaragibe e do Grupo de Afrogibe.
Na oportunidade, o Pai Gilmar, um dos organizadores do evento, prestou uma justa homenagem aos Babas e às Iyas (Pais e Mães) de Religiões de Matriz Africana, Afro Brasileiras e Afro Indígenas. Pessoas que conservam e transmitem a tradição trazida pelos africanos para o Brasil e que até hoje está viva, resistente e presente na nossa sociedade.

O evento é de suma importância para a valorização da natureza e do meio ambiente. A caminhada encerrou na queda d'água da Vila da Fábrica, com a oferenda para Oxum, Orixá da fertilidade, da beleza, da riqueza, do amor, da intimidade, da maternidade. A Rainha das águas doces, dos rios, das cachoeiras.
O Candomblé tenta conscientizar as pessoas a cuidar da natureza e do meio ambiente. Um meio ambiente saudável é uma população com saúde.
O Movimento dos Povos de Terreiros tem um projeto de conscientizar a comunidade quanto ao cuidado com o meio ambiente, a importância de não se jogar lixo nos rios.

A Caminhada de Oxum é importante para dar visibilidade a esse povo que é discriminado desde a época da escravidão. A ignorância das pessoas, a falta de instrução e conhecimento, o não cumprimento do que determina a Lei n° 10.639/2013, que obrigada as escolas fundamentais e médias a ensinarem a história e a cultura dos povos africanos e afrobrasileiros, faz com que muitos demonizem as religiões de Matriz Africana, Afro Brasileiras e Afro Indígenas. A consequência disso é o preconceito e a discriminação contra os povos de terreiro. Muitos deles sofrem violência física devido a essa imagem desvirtuada que alguns teimam em ensinar aos seus filhos e filhas, parentes, amigos (as), colegas seguidores de uma mesma Religião. Vamos ensinar o RESPEITO.


Opinião / Cap Lúcia Helena
Respeito: Na minha opinião, faz tempo que anda ausente das lições infantis. Formando assim os adultos do hoje e, quiçá, os do amanhã - infelizmente. Pessoas que não respeitam os mais velhos, as pessoas com deficiência, as filas, as leis de trânsito, etc. Pessoas que desrespeitam o próximo, pessoas corruptas, desonestas. Pessoas que não conhecem as palavrinhas mágicas. Quem se lembra delas?! Desculpa, por favor, com licença, obrigado (a). Muitos não sabem nem o que é isso... Triste.


Não podemos esquecer, porém, que o Brasil foi e é formado pelos negros e que eles são parte da construção cultural, histórica e religiosa da nossa sociedade. Chega de escantear a sua religião, a sua cultura, a nossa raiz!
Contem com a PMPE nessa luta, contem com o GT Racismo!
GT!!!

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