terça-feira, 31 de março de 2015

Lançamento do Projeto Tem Preto na Tela


Dia 28 de março de 2015, sábado, foi o dia do lançamento do Projeto Tem Preto na Tela. Trata-se da exibição de uma série de programas para televisão, na TV Universitária , com entrevistas a personalidades negras do nosso estado. O patrocínio para a realização do projeto foi do Funcultura, do Governo de Pernambuco. Os programas visam estimular a reflexão sobre o racismo na televisão, assim como, debater as questões da cultura e da identidade negra. A festa de lançamento aconteceu na Comunidade Xambá, em Olinda, e contou com a participação do Coco Miudinho de Xambá, do Som da Rural e de diversas personalidades da cultura e das militâncias sociais contra o racismo e a homofobia. Durante todo o dia do lançamento aconteceram várias atividades na comunidade. E o GT Racismo PMPE / Diretoria de Articulação Social e Direitos Humanos da PMPE (DASDH) se fez presente prestigiando a ocasião.
Os programas serão exibidos durante a programação da TV Universitária, a partir do dia 29/03.





Prefeitura da Cidade do Recife relembra o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial

A Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) lembrou o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial (21/03) com uma atividade no Museu da Abolição, sito a Rua Benfica, Recife/PE. Foi na última sexta-feira 27 de março de 2015. Os alunos da Escola Municipal Joaquim Távora e convidados(as) assistiram a duas palestras: uma do Dr. Felipe Rios (UFPE) falando sobre "Os impactos psicossociais e psicossomáticos do racismo na população negra e de terreiro" e outra da MC Preta falando sobre o movimento Encrespa Geral.

A organização ficou a cargo de Samuel da Luz, Gerente de Igualdade Racial da PCR, e sua equipe.
Participaram ainda da atividade, o Dr. Jorge Arruda, Presidente do Comitê Estadual de Promoção da Igualdade Racial, o Dr. Paulo Moraes, da Secretaria de Direitos Humanos da PCR, alguns sacerdotes e sacerdotisas de Religiões de Matrizes Africanas, representações diversas de vários municípios da Região Metropolitana do Recife, a Capitã PM Lúcia Helena, Coordenadora Operacional do GT Racismo PMPE/ Diretoria de Articulação Social e Direitos Humanos da PMPE (DASDH), entre outros(as).
Confira algumas fotos:



quarta-feira, 25 de março de 2015

Paixão de Cristo com Jesus negro


O Coletivo Ditirambos está realizando o projeto "Auto da Via Dolorosa", que retrata a passagem bíblica da Via Crucis. Diferentemente de outros espetáculos sobre o tema, que geralmente são realizados ao ar livre, este possui a proposta de ser apresentado no interior de igrejas seculares, pois a arquitetura destes templos corrobora com a proposta cênica do espetáculo, que tem como pano de fundo as artes-sacras e se inspira nas encenações épicas das tragédias gregas, utilizando-se de elementos litúrgicos dos ritos religiosos cristãos, com uma sonoplastia calcada na musicalidade sacro-erudita, executada e cantada ao vivo; os figurinos épicos têm detalhes que lembram os altares das igrejas, interagindo, assim, de forma harmônica com a arquitetura e promovendo um casamento estético sem igual. Além disso, o ator que interpreta Jesus é negro, retratando uma imagem mais próxima da realidade de Jesus de Nazaré, diferentemente da imagem que foi propagada pelos italianos, a qual não condiz com a verdadeira imagem de Jesus Cristo, haja vista a região de onde Ele nasceu e viveu na sua infância.
O “Coletivo Ditirambos” é um grupo de teatro composto por atores, músicos e cantores profissionais, de notória aparição na cena pernambucana. Alguns compuseram o elenco do espetáculo da Paixão de Cristo de Nova Jerusalém em outras temporadas - dentre eles a atriz, apresentadora e  Miss Pernambuco 2007 Wilma Gomes, que representou Maria Madalena (2012), e o Ator e Diretor Thiago Ambrieel, que representou o Fariseu I (2014). Como solista do coro e preparadora vocal, a mestra e professora de canto erudito do Conservatório Pernambucano de Música, Célia Oliveira.


Patrocinados pela Arquidiocese de Olinda e Recife, e com o apoio da Prefeitura do Recife, SATED-PE (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversão no Estado de Pernambuco), FETEAPE (Federação de Teatro de Pernambuco), entre outros, gostaríamos do apoio desta redação no intuito de divulgar este mais novo espetáculo, que fará parte dos festejos pascoais do Estado de Pernambuco, tendo em vista ser um espetáculo itinerante.




Corroborando com o lema da Campanha da Fraternidade 2015: “Eu vim para servir”, a entrada ao público será franqueada mediante doação de 1 kg de alimento não perecível, a fim de estimular a doação de gêneros alimentícios aos mais necessitados.

Ficha Técnica
Realização: Coletivo Ditirambos
Texto: Henhy Ghéon
Tradução: D. Marcos Barbosa
Adaptação: Thiago Ambrieel
Direção Geral: Thiago Ambrieel
Assistente de Direção: Hemerson Moura
Preparação Vocal e Direção Musical: Célia Oliveira
Produção Executiva: Rodrigo Nascimento; Hemerson Moura; Thiago Ambrieel; Acrimôri Jr.
Elenco/Atores: Hemerson Moura, Kleber Valentin, Marília Souto, Monique Nascimento, Rodrigo nascimento, Wilma Gomes.
Elenco/Cantores: Célia Oliveira, Celyone Maiara,  Lilian Santos e Tiago Lima.  Emanoel Neto
Músicos: Evertom Marinho(teclado), Chico Vieira(percussão).
Concepção/criação Estética: Thiago Ambrieel e Hemersom Moura
Comunicação Visual(Designer): Vanclécio Vasconcelos
Assessoria de Imprensa: Kleber Valentim e Wilma Gomes.
Adaptação de Imagens: Fotografias Anne Nathália.
Contra-Regra: Acrimori Junior.
Patrocínio: Arquidiocese de Olinda e Recife

CONTATOS:

Thiago Ambrieel (Diretor Geral): 86002661 / 79076655S
Hemerson Moura(assistente de direção: 97566696

Segue abaixo o calendário de apresentações e, em anexo, o cartaz de divulgação.


DATA
HORÁRIO
LOCAL
ENDEREÇO
20/03/2015
ESTRÉIA
19:00
Igreja de Santa cruz
Rua de Santa Cruz, 413 - Boa Vista
21/03/2015
17:30
Igreja de N. Sra. do Rosário dos Pretos
Rua Estreita do Rosário, s/n - Santo Antônio
22/03/2015
17:30
Igreja de São José dos Manguinhos
Av. Rui Barbosa, s/n - Graças
28/03/2015
19:30
Igreja do Amparo
Largo do Amparo, s/n - Amparo
31/03/2015
19:00
Basílica do Sagrado Coração de Jesus (Salesiano)
Rua Dom Bosco, 551 - Boa Vista
01/04/2015
19:30
Paróquia São Paulo Apóstolo
Praça Jardim São Paulo, 45 - Jardim São Paulo

segunda-feira, 23 de março de 2015

Polícia Militar no combate para reduzir a violência contra mulher

Notícia transcrita do site oficial da Polícia Militar de Pernambuco

Notícia publicada em 20/03/2015 | 16:17

PM NO COMBATE PARA REDUZIR VIOLÊNCIA CONTRA MULHER
ENCONTRO reuniu órgãos do Governo

Representantes da Polícia Militar de Pernambuco, por meio da Diretoria Integrada Metropolitana e da Coordenação da Patrulha Maria da Penha (MP), participaram ontem à tarde (19) da 7ª Câmara Técnica para enfrentamento da Violência de Gênero contra Mulher do Pacto pela Vida, na sede da Secretaria da Mulher, Rua Cais do Apolo, 222, 5º andar, Bairro do Recife. Estavam reunidos integrantes das Secretarias de Defesa Social, Mulher e Executiva de Ressocialização, além de outros órgãos da administração pública estadual e dos municípios.

O objetivo das ações policiais militares é o monitoramento das Medidas Protetivas de Urgência, além das Medidas Judiciais oriundas do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).


 A Patrulha Maria da Penha no ano passado realizou 3.588 visitas e no primeiro trimestre deste ano (2015), 896 visitas as mulheres vitimadas para verificação das referidas medidas protetivas de urgência.

Fonte: FOTO: Divulgação

Quer ver a notícia direto no site da PMPE?
É só acessar:



domingo, 22 de março de 2015

Recordando - Reinauguração do Ýlè Asé Alaketu Obá Ògòdò

No dia 1o de Março de 2015 aconteceu a festa de reinauguração do Ýlè Asé Alaketu Obá Ògòdò, localizado no Bairro de Santa Mônica, em Camaragibe. O Babalorixá Itamar Carneiro solicitou, via ofício, apoio policial militar para realização do culto religioso. E o GT Racismo / Diretoria de Articulação Social e Direitos Humanos da PMPE (DASDH), juntamente com policiais militares do 20o BPM, estavam presentes no local para garantir a segurança dos participantes do evento.

GT Racismo, combatendo a intolerância religiosa!!!


Ano Novo Bahá'í - 20 de março de 2015


A comunidade Bahá'í de Recife comemorou na noite do último dia 20 de março, sexta-feira, a chegada do Ano Novo Bahá'í.
A Fé Bahá'í é uma das Religiões que compõem o Fórum Diálogos, para o desenvolvimento de um debate interreligioso.

O GT Racismo 
/ Diretoria de Articulação Social e Direitos Humanos da PMPE (DASDH) foi convidado para o evento e nos fizemos presentes nesta ocasião tão especial para aqueles que seguem os ensinamentos do grande Bahá'u'lláh. Estavam presentes também Floridalva, participante do Fórum Diálogos e adepta ao Budismo Tibetano, juntamente com seus pais.

Conheça mais sobre a Comunidade Bahá'í do Brasil acessando seu site oficial:

Veja o vídeo que fala sobre a história da Fé Bahá'í no Brasil:

Os adeptos da Religião acreditam num mundo sem fronteiras, onde todos os seres humanos são irmãos e o planeta seria um país único, onde todos devem coabitar harmoniosamente.

Extraído do site - Ensinamentos:
"Como toda religião mundial, a Fé Bahá'í baseia-se em ensinamentos revelados por Seu Fundador,Bahá'u'lláh. 
Os princípios fundamentais que regem a atuação de cada bahá'í podem ser resumidos na crença naunicidade de Deus e da humanidade e na igualdade entre todos os membros da família humana.
Acreditamos que a religião é a base para a transformação social, e que a fé em Deus e no potencial de cada indivíduo pode se tornar um poderoso instrumento para a regeneração da sociedade."



Lembrei-me das ideias expressas numa música de John Lenon chamada Imagine. Confira:

Secretaria de Saúde de PE celebra o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial


A Secretaria de Saúde de Pernambuco, por meio da Coordenação da Saúde da População Negra, realizou nesta última sexta-feira (20 de março de 2015) um evento em celebração ao Dia Internacional pela eliminação da discriminação racial, dia 21/03, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Foi um encontro entre profissionais da área de saúde, juntamente com outros atores estaduais cujas atuações também estão intimamente ligadas à saúde da população negra, a exemplo do Ministério Público e da Polícia Militar.
A mesa de abertura foi composta pela Dra Cristina Mota, Secretária Executiva de Atenção à Saúde, pela Dra Inês Costa, Diretora de Informações Estratégicas da Secretaria de Saúde, pela Dra Miranete Arruda, Coordenadora da Saúde da População Negra, pelo Promotor de Justiça Édipo Soares Cavalcanti, do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça (CAOP) e pela Capitã PM Lúcia Helena, Coordenadora Operacional do Grupo de Trabalho de Combate ao Racismo Institucional da PMPE / Diretoria de Articulação Social e Direitos Humanos da PMPE (DASDH).
Seguindo a programação do encontro, os participantes assistiram ao documentário "Vista Minha pele" e depois ouviram a brilhante palestra da Dra Ana Paula Maravalho, integrante do Observatório Negro.
Quer ver o documentário?

Se achar melhor ver no youtube:


O evento aconteceu no auditório da Secretaria de Saúde, localizada no Bairro do Bongi.
Confira outras imagens do evento:







Dia Internacional para Eliminação da Discriminação Racial - 21 de março




Racismo é CRIME!!!
Crime de maior potencial ofensivo, cuja pena é superior a dois anos. Sendo assim, cabe a lavratura do flagrante delito. Fique de olho! Denuncie!!!

sexta-feira, 20 de março de 2015

Desatando os nós do racismo - SOS Corpo


A noite de ontem (19 de março de 2015) foi muito especial. Foi o momento de reunir algumas mulheres do coletivo de mulheres negras pernambucanas. O encontro aconteceu no Centro Cultural Feminista do SOS Corpo, localizado próximo ao Mercado da Madalena, na Rua Real da Torre e contou com uma Oficina de Tiaras e Turbantes organizada e ensinada por Maria José dos Santos (Mazé), com a apresentação da peça teatral
"A história de Judenice", idealizada e interpretada pelas Loucas da Pedra Lilás e com um debate sobre o racismo com as palestrantes Inaldete Pinheiro de Andrade e Rosa Marques.

Estavam presentes várias ativistas feministas e também do feminismo negro. Inclusive Gilda, uma das precursoras do Movimento Negro pernambucano, juntamente com Inaldete Pinheiro.
A ONG SOS Corpo disponibilizou ainda uma exposição sobre Lélia Gonzalez, ativista do feminismo negro bastante conhecida e importante para o movimento, e diversas publicações sobre feminismo. Além de dispor um ótimo café com itens da nossa culinária regional.

O GT Racismo PMPE / Diretoria de Articulação Social e Direitos Humanos da PMPE (DASDH) se fez presente no evento e parabeniza a organização, as participantes, as palestrantes e as atrizes que engrandeceram o momento. 
Show!!!
Galeria de fotos:








quarta-feira, 18 de março de 2015

O Soldado Dos Santos concede entrevista ao Portal UOL

Matéria veiculada no Portal UOL por meio do link:
http://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2015/03/03/passei-por-mulher-para-entrar-na-pm-veja-relato-de-policial-transexual.htm


De antemão, é importante salientar a diferença entre sexo biológico, identidade de gênero e orientação sexual. Pois a matéria não infere essa diferença e acaba externando uma situação equivocada. Sexo biológico depende do órgão genital e do sistema reprodutor do indivíduo. Identidade de gênero se caracteriza pelos papéis sociais assumidos na sociedade, conforme o indivíduo se considera, seja masculino ou feminino. E orientação sexual está associada a por quem o indivíduo se apaixona, por quem ele se sente atraído.
Outra questão importante é que o edital para o concurso da PM leva em consideração apenas o sexo biológico, se o candidato é homem ou mulher sexualmente falando, ou seja, a depender do órgão genital de cada um.

Optei pela identidade feminina para entrar na PM; veja relato de transexual

Ricardo Marchesan
Do UOL, em São Paulo




O soldado Marcelo Viana dos Santos, 28, está na Polícia Militar de Pernambuco desde 2010 e atua no Recife. Ele nasceu mulher e descobriu que era transexual aos 21 anos, quando trabalhava como professor de matemática em uma escola municipal. 
Desde então, passou a vestir roupas masculinas, mas não tinha dinheiro para fazer tratamento. Isso só foi possível quando já estava na PM.
Assim como outros transexuais, teve medo de ser rejeitado na profissão e optou pela identidade feminina no início. A realidade do mercado de trabalho ainda é difícil. Muitos sonham simplesmente com uma carteira de trabalho assinada.
Confira seu relato abaixo:

A descoberta da transexualidade
Sempre achei que tinha alguma coisa errada comigo, mas eu não sabia exatamente o que era. Vivia muito deprimido e tinha várias crises existenciais. Pensei que era homossexual e me assumi. Só que, mesmo no meio das lésbicas, eu não me sentia bem. 
Aos 21 anos, entendi por que eu tinha dificuldades tão grandes. Conheci o Leonardo Tenório, que é um transexual de Pernambuco. Quando eu conversei com ele, senti que era realmente naquilo que me encaixava. Mas as cirurgias eram muito caras e eu não teria o apoio dos meus pais, católicos fervorosos.
Eu sabia que tinha de trilhar sozinho. Sabia que tinha de conseguir um emprego um pouco melhor.
Tive muita sorte. Mesmo sem tomar hormônios, já tinha muitas características masculinas, como uma voz um pouco mais grossa. Fui fazendo minha transição com o que eu tinha em mãos, fui vestindo roupas masculinas. Mesmo sem tomar hormônios, ninguém me confundia mais com uma mulher.

A entrada na PM
Desde criança eu queria entrar nas Forças Armadas ou na polícia. Tinha um tio de que eu gostava muito, e ele era policial rodoviário federal. Sempre ia na casa dele e o via fardado. Ele colocava o quepe na minha cabeça e eu saía correndo todo feliz. Queria muito ser igual a ele desde criança.
Quando surgiu o concurso da PM, optei pela identidade feminina para não sofrer nenhum tipo de problema nas provas físicas e até no curso de formação.
Naquela época tinha muito medo de ser excluído da Polícia. Era meu único meio de sustento. Mas meus superiores me orientaram que esse tipo de situação não seria motivo para minha exclusão e deram apoio. Assim que terminou o curso, comecei novamente a montar minha transição.
Leo Caldas/UOL
Na realidade, não era surpresa para ninguém que eu sou transexual. Bastava olhar para mim. Não é algo que dá para esconder. Me passei por mulher, mas era como se eu fosse uma mulher muito estranha. Então, quando eu voltei a vestir roupas masculinas e comecei a tomar hormônios, não foi choque para ninguém.
Meus colegas têm de me respeitar por eu ser PM e por não estar fazendo nada absurdo, nada contrário às normas. E realmente me respeitam. Mas o preconceito é encontrado em qualquer momento, não só no meu trabalho, mas em vários outros âmbitos da minha vida. Ele está enraizado na sociedade, e a PM não é diferente.
Cirurgia
Faz dois anos e meio que fiz a cirurgia [Marcelo dos Santos não revela detalhes]. Na época, o centro de referência para pessoas transexuais do Pernambuco estava fechado. Consegui um médico no centro de referência de João Pessoa para me operar. Como não moro lá, tive de pagar o tratamento.
Juntei dinheiro por algum tempo, mas mesmo assim não foi suficiente. Fiz um empréstimo que pago até hoje e termina em novembro. Mas vou precisar fazer outras cirurgias. Essa foi a primeira. Vou ter de pegar outro empréstimo para continuar a transição. Há um trans que já gastou R$ 80 mil com as dele. Espero não ter de gastar isso tudo.
Relação com os pais
Muito tempo se passou desde que me descobri transexual. Sou um homem feito. Já tive bastante tempo. Meus pais perceberam que, se eles continuassem com o preconceito, tudo que conseguiriam seria me afastar. Eles não aceitam completamente, mas me respeitam.
Minha mãe não consegue me chamar de Marcelo. Ela usa palavras neutras para disfarçar. Eu não sei como ela consegue fazer isso o tempo todo. Meu pai me chama no masculino quando minha mãe não está vendo.
Casamento
Conheci minha mulher em maio do ano passado e casei em setembro. Foi bastante rápido. Ela tem uma mente muito aberta e não tive problema algum. Foi amor à primeira vista.

Optei por uma união estável, porque estou trocando meu nome na Justiça. Só quero fazer uma certidão de casamento quando já estiver com o nome trocado.