terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Folha de Pernambuco, Jornal do Commércio e Diário de Pernambuco também veicularam o evento em comemoração ao Dia Nacional da Visibilidade Trans na PMPE

Folha de Pernambuco
Transexuais e travestis são recebidos com honras militares
ENCONTRO É MARCO NO COMBATE À TRANSFOBIA


FOLHA RESUME
Um grupo com cerca de 50 pessoas, entre transexuais e travestis, foi recebido no Quartel da PM, ontem, com honras militares. O encontro é um marco na luta contra a intolerância, preconceito e a discriminação. Após a ocasião, os visitantes saíram em caminhada pela avenida Agamenon Magalhães.

SOLENIDADE teve agraciações entre os movimentos em defesa dos direitos das transgêneros e a Polícia Militar


Um marco na luta contra o abuso e o preconceito. Foi assim que, pela primeira vez na história da luta contra a transfobia no Estado, um grupo de transexuais e travestis foi recebido com honras por policiais militares, no Quartel do Derby, na área Central da Capital. O encontro ocorreu na arde de ontem, com uma solenidade de agraciações entre s movimentos em defesa dos direitos das transgêneros e a Corporação. Antes disso, o rupo com cerca de 50 pessoas saiu em caminhada pela Avenida Agamenon Magahães, como intuito de chamar atenção da sociedade pela uta dos direitos da classe GBT, com o foco no combate à discriminação e liberdade e gênero. Participaram do ato membros do Grupo de Trabalhos m Prevenção Posithivo GTP+) e da Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco Amotrans-PE).

A concentração ocorreu na praça do arque Amorim, no bairro a Boa Vista, e os participantes partiram em direção o Derby, munidos com uma andeira em alusão ao movimento LGBT com quase 30 metros de comprimento. Durante a caminhada, o rupo ocupou uma das faixas a avenida, o que causou congestionamento em alguns trechos da Agamenon. Agentes de trânsito da CTTU e policiais militares acompanharam o percurso e monitoraram o tráfego na região. Já no Quartel da PM, o grupo foi recepcionado pelo diretor de Articulação Social e Direitos Humanos da PM (DASDH), coronel José Antônio.

Uma placa de menção honrosa foi entregue ao militar com o objetivo de reverenciar o trabalho de sensibilização com relação às tranexuais e travestis em situação de vulnerabilidade. Além isso, os transexuais lembraram a importância de a Polícia Militar estar ofertando palestras e seminários nos segmentos da ética e direitos humanos. “O papel da abordagem é importante seja daquele ou daquela que esteja envolvida como vítima ou acusada de uma ocorrência policial, mas, é importante se trabalhar com a garantia dos direitos do cidadão, seja em qualquer circunstância”, disse o coronel José Antônio.

A solenidade contou, ainda, com a entrega de uma carta aberta à PM com reivindicações dos ativistas, incluindo a integração de transexuais no programa de formação da academia da corporação, a garantia de abordagens mais condizentes por profissionais do sexo feminino, a garantia de atendimento humanizado n Corregedoria e que sejam apurados com mais rigidez o casos de abuso aos transexuais que atuam como profissionais do sexo.

Saiba mais
SOLENIDADE - No encontro da tarde de ontem, membros de movimentos do GTP+ e Amotrans-PE entregaram troféus a cinco representantes de entidades da defesa dos direitos humanos e da luta contra a transfobia e homofobia. Além disso, os policiais militares foram agraciados no salão do Quartel do Derby com a recitação de um poema e apresentações musicais. HOMICÍDIOS - Somente no ano passado, segundo o Centro Estadual de Combate à Homofobia, 22 pessoas foram assassinadas em Pernambuco, vítimas de violência de gênero.



“Estou feliz com a minha profissão. E ainda mais por ajudar o movimento trans na luta por seus direitos” “ Marcelo Santos, soldado da PM e representante da DASDH.


“Sabemos que antigamente se praticava a tortura contra nós, mas, nos dias de hoje, há diálogo entre as trans e a PM” Maria Clara, militante do GTP+

Jornal do Commercio:

CAPA DOIS

Homenagem para a polícia

Publicada em 30/01/2015
Foto de capa

No Dia da Visibilidade Trans, comemorado ontem, a Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) recebeu uma menção honrosa da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). O prêmio é uma forma de agradecer pelo trabalho de sensibilização de oficiais na abordagem a travestis e transexuais na rua, realizado pelo comandante geral da PMPE, Antônio Francisco Pereira Neto. Além disso, também foi entregue uma lista de reivindicações.
Na relação, entre outros itens, estavam pedidos de apuração de casos de abuso aos transexuais que atuam como profissionais do sexo e abordagem humanizada por parte da Polícia Militar, feita por profissionais do sexo feminino.
A ação fez parte da 2ª Marcha pela Visibilidade Trans, realizada pela Articulação de Movimento para Transexuais e Travestis de Pernambuco (Amotrans-PE) e pelo Grupo de Trabalho Pela Prevenção e Cidadania (GTP+).
Os participantes se reuniram no Parque Amorim, e caminharam até o Quartel da Polícia Militar, no Derby, na área central do Recife, carregando uma bandeira arco-íris de 30 metros de extensão.
"Hoje é o dia em que nos unimos pela visibilidade trans. Vamos dizer não ao preconceito. Oferecemos a homenagem ao comandante geral da Polícia Militar como uma forma de agradecer pelo trabalho que vem realizando com os oficiais. Nos anos 1980, sofremos muita perseguição da organização, por causa da discriminação. Hoje é bem melhor, mas ainda temos muito a conquistar", afirma uma das presidentes da Amotrans-PE Chopelly Santos.
O coronel José Antônio, diretor de Articulação Social e Direitos Humanos da Polícia Militar, recebeu a menção honrosa e vai analisar os pedidos feitos pela comunidade LGBT.

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