A Roda de Diálogo de enfrentamento à intolerância religiosa,
que aconteceu na noite de 21 de janeiro de 2015, na Biblioteca Municipal de Camaragibe, no bairro de Vila Da
Fábrica, se tornou um marco de referência para outros municípios pernambucanos,
conseguindo reunir diversos seguimentos religiosos da sociedade camaragibense,
também conhecidos como os Camarás, nome derivado de um arbusto presente na
região. Continuando, a diversidade de distintos religiosos, representantes
Evangélicos, Representantes Católicos, Espírita e de Religião de Matriz
Africana, além desses estiveram presentes Representantes do legislativo
municipal, Representante do conselho de Direitos Humanos do Estado, o SGT BM
Galvão Representante do Grupo de Trabalho de Enfrentamento ao Racismo
Institucional da PMPE/Diretoria de Articulação Social e Direitos Humanos PMPE,
Marta Almeida da Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial, da Secretaria
de Desenvolvimento Social, Infância e Juventude, o Movimento dos Povos
Tradicionais das Cidades (MPTC), com destaque ao Axogun Cláudio de Xangô, e representantes do Movimento Negro Unificado.
Os principais destaques do evento
foram os discursos e testemunhos nas palavras do Pastor Batista Aníbal Neto
declarando que “o Brasil ainda tem uma dívida centenária com os
afrodescendentes devido a terrível escravatura e a todos os racismos que ainda
são cometidos contra os negros, povos que tanto contribuíram com a cultura e
toda a formação da riqueza estrutural que compõe o povo brasileiro”, também
destacamos as fortes palavras do Jovem Anderson Venâncio, representante da
Juventude Negra de Terreiro, o mesmo chamou a atenção de todos os presentes
acerca da contínua e insistente violência, “genocídio” urbano cometido contra
os jovens negros do país.
Ao fim o Babalorixá Gilmar Camará, coordenador do evento, sugeriu a cada
representante que elucidassem as principais contribuições que aquele evento
trazia, tendo assim como referência unânime a responsabilidade que todos os
líderes religiosos presentes tinham em levar a frente o enfrentamento contra a
intolerância religiosa, o respeito à liberdade de pensamento, a desconstrução
histórica dos termos e das práticas racistas, bem como a busca por efetivação
de políticas públicas que possam erradicar todo o tipo de preconceito racial e
religioso ainda presentes na sociedade brasileira.
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