Que tal?
Texto extraído do site Frente e Verso.
Link: http://frenteeverso.com/exposicao-de-carybe-estreia-em-recife/
Serviço:
Exposição: “As Cores do Sagrado” – Carybé
Período: 09/06/2015 a 26/07/2015;
(terças-feiras a domingos)
Horário: Terça a sábado – das 12h às 20h
Domingo – 10h às 17h
Local: CAIXA Cultural Recife – Av Alfredo, 505, Bairro do Recife – PE- CEP 50.030-150
Ingressos: Entrada franca
Informações: (81) 3425-1915
Classificação indicativa: Livre
EXPOSIÇÃO DE CARYBÉ ESTREIA EM RECIFE
Mostra de pinturas do artista rememora tradições do
candomblé
A exposição “As Cores do Sagrado”, de
Carybé, que esteve em cartaz na Caixa Cultural Salvador entre os meses de abril
e maio, estreia em Recife nesta terça (09). A mostra, que retrata as tradições
do culto aos deuses africanos no candomblé da Bahia, reúne cinquenta obras do
renomado artista plástico, conhecido por adotar a Bahia como principal fonte de
inspiração.
Com acesso livre para todos os públicos, a exposição fica
aberta à visitação gratuita até o dia 26 de julho na Caixa Cultural Recife. A
estreia da mostra, contará com duas visitas guiadas pela curadora da exposição,
Solange Bernabó, filha de Carybé.
As Cores do Sagrado
Um registro único dos rituais e cultos aos deuses africanos
no candomblé na Bahia. As 50 obras que integram a mostra As Cores do
Sagrado fazem parte de um universo de mais de 120 aquarelas produzidas com
a mesma temática, nas quais Carybé contribui de forma ímpar para a preservação
dos valores culturais trazidos da África na diáspora. As imagens foram
produzidas ao longo de 30 anos de pesquisas, entre 1950 e 1980, e são registros
de vivências pessoais do artista nos terreiros que frequentava. As casas estão
entre as mais tradicionais da religiosidade de matriz africana, na tradição
nagô, jeje e angola.
As imagens são registros de vivências pessoais do artista
nos terreiros que frequentava.
Uma vez que não é permitido filmar ou fotografar cerimônias
do candomblé, a memória fotográfica de Carybé foi o seu principal recurso para
retratar com exatidão e riqueza de detalhes as práticas, desde os ritos de
iniciação, passando pelas festas e incorporação dos orixás, até os rituais
fúnebres, em uma sequência didática dos cultos envolvidos. “Essa mostra não
retrata o lado místico, fruto da imaginação de Carybé. Antes disso, é uma
representação da realidade, a partir da observação do que, de fato, acontecia
nos terreiros. Ele retratava com respeito e beleza as práticas da religião”,
explica Solange.
As 50 obras selecionadas foram reunidas originalmente no
livro Iconografia dos Deuses Africanos no Candomblé da Bahia, lançado em
1981. Composta por 128 aquarelas de Carybé, com introdução do escritor Jorge
Amado e textos antropológicos do fotógrafo e etnólogo Pierre Verger e do
historiador Waldeloir Rego, a publicação representa uma recriação da
participação do elemento negro na cultura baiana ao passo que preserva a
memória histórica do Brasil, por ter sido a Bahia a primeira porta de entrada
da miscigenação no País. Esgotado desde a última edição, atualmente o livro é
encontrado apenas nas mãos de colecionadores.
Carybé
Reconhecido mundialmente como Carybé, o pintor, escultor,
ilustrador, desenhista, cenografista, ceramista, historiador, pesquisador e
jornalista Hector Julio Paride Bernabó tem sua genialidade associada à Bahia,
cuja essência soube materializar em desenhos, aquarelas, esculturas e grandes murais.
Argentino no nascimento (Lanus,1911, carioca por criação e baiano por opção,
Carybé foi um dos mais produtivos e inquietos artistas que o Brasil abrigou.
Caçula de cinco filhos iniciou no meio artístico como
ajudante no atelier de cerâmica de seu irmão Arnaldo, em seguida cursou dois
anos na Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro e atuou como ilustrador para
jornais. Com passagens curiosas de vida, como ter sido pandeirista da
cantora Carmem Miranda, o artista falecido em 1997, teve obras expostas por
todos os cantos do Brasil, inclusive em Recife onde em meados da década de 60
fez um painel em concreto para a primeira fábrica de automóveis de Pernambuco,
a extinta Willys Overland, em Jaboatão dos Guararapes. Suas obras também
alçaram voos para países como Argentina, Estados Unidos, Japão, Itália,
Alemanha, França, Portugal, Espanha e México, tendo uma de suas obras oferecida
em 1986, pelo governo da Bahia, a rainha da Inglaterra.
Conquistou títulos importantes como o de ganhador da 1 ª
Bienal Internacional de Livros e Artes Gráficas, o I Prêmio
Nacional de Desenho, na III Bienal de SP, e o Prêmio Odorico Tavares como
Melhor Plástico de 1967, mas o título de que mais se orgulhava foi o de Obá de
Xangô, oferecido pelo terreiro Ilê Axé Opô Afonjá. Amigo de importantes
artistas como Rubem Braga, Pierre Verger , Dorival Caymmi e Jorge Amado,
Carybé ilustrou diversos livros como “Cem anos de solidão”, do escritor Gabriel
Garcia Márquez.
Curadoria
Solange Bernabó atua na área cultural desde 1983 e, desde 1993,
é proprietária da Galeria Oxum Casa de Arte, com sedes na Ladeira da Barra e no
Pelourinho, em Salvador. Participou da Fundação Pierre Verger desde a sua
instituição. Foi secretária geral, de 1996 a 2000, e hoje é membro do Conselho
Curador. Atualmente, é secretária do Instituto Carybé e membro do Conselho
Curador da Fundação Casa de Jorge Amado. Faz curadoria e organiza exposições de
Carybé e outros artistas. Prestou Assessoria Geral na concepção da comemoração
e das exposições referentes ao centenário de Pierre Verger. Foi a Coordenadora
Geral da exposição Carybé, realizada em 2009, no Museu de Arte Moderna da
Bahia e curadora da exposição Carybé, realizada em 2010, na Embaixada
Brasileira em Buenos Aires, na Argentina.
Informações e entrevistas:
Assessoria de Imprensa da CAIXA Cultural Recife (PE)
( 81 ) 3425-1915
www.caixa.gov.br/agenciacaixadenoticias |
@imprensaCAIXA
Nenhum comentário:
Postar um comentário